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sábado, 23 de agosto de 2014

Internet para quem?

Por Lucas Bernardo Reis

Navegando pela rede você já se perguntou para quem e de quem é a internet? Claro, em termos práticos ela não tem dono, é livre (tsc) para acesso, compartilhamento e etc.

Seria possível encontrar estamentos de uma cultura dentro deste ambiente? Segundo o autor catalão Castells, sim. Em seu texto Galáxia Internet o autor defende um desenvolvimento cultural para a internet. Ele seria caracterizado por uma estrutura quaternária composta por: cultura tecnomeritocratica, a cultura hacker, a cultura comunitária virtual e a cultura empresarial (Castells, 2003).

Para o autor (2003, p.34) a cultura é "uma construção coletiva que transcende preferências individuais, ao mesmo tempo em que influencia as práticas das pessoas no seu âmbito, neste caso os produtores/usuários da Internet".

Ao desenvolver as quatro camadas, uma consideração me chamou mais atenção. Segundo Castells,
"a internet foi o meio indispensável e a força propulsora na formação da nova economia" , pautada pela a "inovação empresarial, e não o capital" (2003, p.49).

Ok, se a internet é livre, então porque existe uma nova economia surgindo? Bem, a apropriação do www como um comércio e sua utilização como produto acaba transformando um ambiente possivelmente livre em um ilimitado atacado.

Encerramos com a sintentização do autor sobre a cultura da Internet. Ela é "uma cultura feita de uma crença tecnocrática no progresso dos seres humanos através da tecnologia, levado a cabo por comunidades de hackers que prosperam na criatividade tecnológica livre e aberta, incrustada em redes virtuais que pretendem reinventar a sociedade, e materializada por empresários movidos a dinheiro nas engrenagens da nova economia" (2003, p.53).

Me ajudaram:

A Galáxia Internet: reflexões sobre a Internet, negócios e a sociedade. Manuel Castells. Jorge Zahar, 2003

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Entre um capítulo e outro da internet

Um fato sobre você que está lendo: você usa a internet.

Claro que usa, caso contrário não poderia estar lendo isso. Só que não é grande coisa, não é novidade, não vai estampar a capa de nenhum jornal ou revista, mesmo porque quase todo mundo hoje usa a internet, eu tive que usar a internet para fazer essa postagem, do início ao fim, da pesquisa à escrita, visitando sites e mais sites como muitos de nós fazemos quase todos os dias, ou todos os dias mesmo.

Acontece que há algum tempo atrás, acessar a internet era basicamente como ler, entrar em algum site era como abrir um livro, procurar e ler o que você queria e depois fechar.Mas a internet vem mudando junto com o mundo, as demandas são diferentes, nem para ler um livro precisamos mais realmente abrir o livro (alô, e-readers!), por que então iríamos querer isso da internet? 

A maioria das mudanças que estão permeando a internet envolvem dinamismo, experiência de conteúdo, abertura e a possibilidade do internauta participar mais. Voltando à metáfora do livro, é como abrir o segundo capítulo da internet e esse fenômeno está recebendo o nome de Web 2.0.

O nome não é sem motivo, o termo 2.0 surge para indicar a revolução que toma conta da internet, sendo que as palavras chaves dessa revolução são “colaboração” e participação”. Na busca por mudar o panorama dos internautas que apenas viam/recebiam as informações dispostas por toda a internet, tem se buscado oferecer aos navegantes mais oportunidades, criatividade, uma parte da revolução. 

Assim, surgiram redes sociais, páginas de vídeos, blogs e uma vasta gama de “nichos” dos quais o internauta pode participar e usufruir, numa série de mudanças que influenciam também no visual dos sites e na forma como lidamos com tudo isso.

Não parou aí. A renovação vira uma constante e existe a possibilidade de uma nova revolução, dessa vez é a Web 3.0 ou Web semântica, que seria uma continuação da revolução que ocorreu e ocorre atualmente. A nova revolução trabalharia criar uma internet mais inteligente, agilizando processos e tornando as coisas mais fáceis, mas como exatamente?

Na Web Semântica, toda a informação estaria organizada de forma que não só nós seres humanos pudéssemos entender, mas também máquinas, para que computadores pudessem realizar trabalhos que hoje só nós podemos fazer.


O processo, que promete ser totalmente inovador, ainda caminha devagar, mas algumas das tecnologias necessárias inclusive já existe, devagar porém cada vez mais real. 

No entanto, como é algo novo, ainda estão sendo estudadas vantagens e desvantagens, assim como custos e gastos, é um processo complexo que exige muita responsabilidade, mas como terceiro capítulo desse interessante livro que é a internet, tem muito o que mostrar. 


Me ajudaram:

http://www.tecmundo.com.br/web/183-o-que-e-web-2-0-.htm

http://www.oficinadanet.com.br/artigo/1831/web_semantica_ou_web_3.0_o_que_e_e_para_que_serve


Imagem: vanessarodrigues.net

Uma jovem com 2.0

Por Lucas Bernardo Reis

Dinamismo e otimização. Essas são as principais características da versão 2.0 da Web.

Nomeada pelo especialista no setor Tim O’Reilly, essa nova forma de utilizar a internet é tida como a web em plataforma.

A participação massiva dos internautas em suas diversas ações, acrescentando uma maior colaboração nos processos é a marca da nova world wide web.

Um dos principais exemplos deste cenário é a enciclopédia virtual Wikipedia, que é composta de informações inseridas e editadas pelos próprios usuários.

Diferentemente de sua irmã mais velha, a 1.0, que prezava por um ambiente mais rígido e teve em seu auge os e-mails, motores de buscas primordiais - cadê? - e os famosos links recomendados, a irmã mais nova ascende na era social.

Blogs, chats, vídeos em Streaming, geram a cada dia a participação e envolvimento do usuário, através de um visual voltado para a usabilidade de navegação em diversas mídias e "achabilidade" mas principais ferramentas de busca.

Me ajudaram:

http://www.ex2.com.br/blog/web-1-0-web-2-0-e-web-3-0-enfim-o-que-e-isso/

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u20173.shtml

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Um pouco de luz no gelo - Algumas opiniões sobre o "Ice Bucket Challenge"

(ATÉ O TIO GATES PARTICIPOU!)

Hoje, eu vinha no ônibus conversando sobre o"Desafio do balde de gelo", mais especificamente sobre todo o mimimi e as "críticas" (por assim dizer) que a brincadeira/ação vem recebendo, daí eu resolvi selecionar algumas pra expressar minha opinião a respeito (porque eu posso). Então...

1) "Tá faltando água em tanto canto, tanta gente com sede...": Essa foi a primeira que eu vi e talvez se alguém tiver lendo vai parar aqui. Honestamente, sobre isso eu penso que alguns baldes de uma água que tava lá parada (tirada da piscina ou do chuveiro) vá fazer diferença no sistema de água de uma cidade ou estado, muito menos no problema da sede em diversos países. É tão simples que é estúpido, mas é verdade, pelo menos eu acho.

2) "Esses caras só querem aparecer...": Sobre isso, eu digo graças a Deus. Sério, Sabe pq? Primeiro, quem de vocês, aliás nós, sabia alguma coisa sobre a Esclerose Lateral Amiotrofica antes de toda essa brincadeira envolvendo pessoas famosas e gelo? Acontece que a visibilidade de cantores, atores e etc gera visibilidade para a doença, para a causa e isso não é uma coisa ruim. Por causa da brincadeira, muita gente foi pesquisar e passou a se importar mais, é como se fossemos mais fundo para ver um iceberg do qual só conhecíamos a ponta e é só um começo. Além disso, cada pessoa que participa da brincadeira doa 100 dólares para a causa e aí vai...

3) "Se eles doam dinheiro, cadê a grana?": Eu citei em cima que cada participante da brincadeira doa 100 dólares e muita gente reclama que nem vê esse dinheiro. Por um lado, eu imagino como aumentaria a quantidade de críticas se fosse um vídeo de um artista derramando dinheiro no corpo... Por outro lado, eu fui fazer uma rápida pesquisa e descobri que a ALS ASSOCIATION (associação americana voltada para a doença) arrecadou quase 32 milhões de dólares em um mês. Acho que os 100 dólares estão indo para algum lugar sim...

No mais, o que eu tenho a dizer é que existem muitas outras causas que também merecem essa atenção toda, acho (e espero) que cada coisa venha a seu tempo. Eu estou achando a brincaderia divertida e a causa muito interessante, vi depoimentos de pessoas com familiares que tem a doença, pesquisei a respeito e fico feliz que esse interesse (e o próprio conhecimento) tenha começado com um vídeo "idiota" de alguém derramando um balde de água em si próprio, infelizmente tem gente que só sabe achar defeito e reclamar ao invés de procurar prestar atenção no que realmente importa ali, mas é claro que ninguém tem que concordar comigo nem com nada que eu disse, é só a minha opinião e assim existem tantas outras.
Pra fechar, também descobri que existe uma associação brasileira voltada para a causa da ELA, a ABRELA (http://www.abrela.org.br/) que também recebe doações, olha aí legal, quem não quer brincar, pode só doar. Quem dera fosse sempre tão divertido chamar atenção para uma causa importante, muitas, uma por uma, ou todas ao mesmo tempo. Por mim, que venham mais brincadeiras 



Por: Maggie Paiva

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Perdida...

... é o nome do livro que eu estou lendo no momento, com algumas ressalvas. Primeiro porque eu estou "lendo", bem assim entre aspas mesmo, já que eu leio uma página ou duas (até um capítulo, se estiver com sorte) entre as aulas, os trabalhos e a rotina de universitária-barra-bolsista. Segundo porque deve ser bem a décima vez que eu leio esse livro. Confesso que depois da primeira vez que eu li, fiquei meio viciada, li umas 3 vezes em pouco mais de uma semana, pode se dizer que eu gostei um pouquinho.
Bem, falando sério não é uma graaaande obra de arte, nem nada do tipo, talvez seja o tipo de leitura que muitas pessoas fossem julgar, eu poderia estar lendo um Machado de Assim, um Kafka e por aí vai, mas eu estou lendo um livro que contém vários ingredientes que eu gosto, tem o romance, tem os problemas, tem as superações, tem viagem no tempo, tem um cara legal... talvez muita gente vire a cara pra mim e para o livro, mas o que importa é que eu to gostando do que eu leio, ainda acho que isso é o mais importante no final das contas, eu fico feliz e o meu livro também, dizem.
Outras coisa pra confessar, é a primeira vez que eu estou lendo esse livro na sua versão física. Aqui cabem algumas explicações, até ano passado, se não me engano, esse livro não havia sido lançado de fato, estava no processo, mas existiam arquivos em pdf que a própria autora (minha mais nova diva Carina Rissi) disponibilizava na internet no intuito de tornar a obra dela conhecida. Foi assim que eu conheci o livro, eu encontrei (acho que uma amiga me indicou), li no celular e esperei ansiosamente pelo livro físico, comprei e estou lendo agora (valeu, Saraiva!). Tem mais, a autora tem outro livro, "Procura-se um marido", que eu já li, amei, mas ainda não tenho, é um projeto. Além disso, acabou de ser lançado "Encontrada" que é a continuação de "Perdida", esse eu ainda não li, mas pense numa ansiedade!
No final das contas, eu não posso falar tanto sobre o livro, envolve aqueles ingredientes que eu citei, é uma bela história, daquelas chamadas de água com açúcar, mas vale muito à pena ler e se perder um pouco entre um ano e outro (só lendo pra entender). Quem me vê falando do livro vê o carinho com que falo dos personagens e, apesar da minha paixão, não são todos os personagens que me conquistam como a Sofia e o Ian (de "Perdida") me conquistaram.
Se tudo acima ainda não fosse suficiente, a Carina é brasileira, linda, simpática, escreve de um jeito que eu me identifico e mesmo sem saber do que tá fazendo, dá um baita de um empurrão no meu próprio sonho de ser escritora, quem sabe um dia eu não chegue lá.

:)

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A sacanagem que é ler demais

Ler é legal. Mas assim como vários elefantes, ler demais incomoda.

Atualmente leio (no sentido conotativo) 8 livros, dos quais preciso recorrer ao skoob para relembrar.

The Walking Dead, As Crônicas de Gelo e Fogo III (porque nos romanos fica mais fácil), Misery (ou Louca Obsessão), Silmarillion (junto de milhares de famílias da Terra média), A Batalha do Apocalipse (estou ainda no etério), Jogos Vorazes (tão vorazes que não tempo de ler), Jogo Sujo (sujou tudo) e Boneco de Neve (esse já derreteu).

Todos eles são completamente diferentes, porém, ao encontrar o sr. SARAIVA ou então o Ministério da CULTURA a vontade de pegar o livro e dizer: "Nossa, esse daqui é muito legal. Vou levar" acaba fazendo com que você leve vários e acabe lendo o começo de todos, chegando no meio de alguns e deixando o fim atrasado.

Nas segundas-feiras, com a dádiva da programação de postagem, vou escrever um pouco sobre minhas leituras. Não que isso lhe crie uma vontade de ler o que está escrito, pois com certeza, ver um vídeo é mais interessante. Mas, pelo menos desenvolvo um desencargo de consciência típico daqueles que não produzem quando todas as pessoas produzem algo na internet.

No próximo episódio: uma resenha de um livro que está sendo lido.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

O megazord das possibilidades

Dois livros, dois escritores que provavelmente não se conheciam, duas histórias parecidas. Um fenômeno, dois, muitos, Semelhanças. O que isso pode ter a ver com cibercultura? O que isso pode ter a ver com ciber qualquer coisa? Poderia ser tudo se eu fosse falar de livros digitais, os chamados ebooks, mas não é o que eu vou fazer, pelo menos não agora.

Para entender melhor, um certo inglês que sobreviveu depois de um acidente nos andes peruanos resolveu contar sua história em um livro chamado “Tocando o vazio”. O livro teve uma boa crítica, boa resenha, mas não vendeu muito e acabou sendo esquecido por um tempo. Acontece que outro homem viveu uma história parecida, com acidente em montanhismo e esse resolveu também escrever um livro chamado “No ar rarefeito”. Esse, por sua vez, virou um fenômeno de vendas, um sucesso, até que “Tocando o vazio” começou a vender mais, mais, até chegar a vender mais que seu sucessor.

Não se trata do talento dos escritores, Joe Simpson e Jon Krakauer, não é porque uma história é mais emocionante que a outra ou foi melhor escrita, nem é sobre o mérito de qual é o melhor livro entre os dois, a questão reside em outro(s) aspecto(s): a época em que ele saíram, provavelmente.
O que acontece é que além do marketing boca a boca, que por si só já é muito eficiente, criou-se uma nova forma de fazer marketing, possível graças à facilidade de se fazer compra pela internet, o que quase todo mundo já faz. Acontece que os sites criaram sistemas, a partir dos quais se alguém compra um livro, um cd, ou um dvd, aparecem sugestões do que outras pessoas compraram depois de ver aquele mesmo produto (é só entrar no site da Saraiva pra ver isso na prática), as pessoas tem acesso a resenhas, informações e opiniões a respeito de algo que elas nem sabiam que existiam, é como se fosse uma propagando boca a boca, só que agora é online e isso expande consideravelmente as possibilidades e os limites, criam-se assim os nichos.

Bem, atualmente é muito fácil achar que gostamos, por exemplo, de uma música que está tocando muito nas rádios, ela é basicamente uma das poucas coisas a que somos expostos, isso cria uma tendência de crescimento para aquilo, uma espécie de ciclo que gera mais e mais exposição, a indústria investe mais naquilo, que se torna central. Voltando aos nichos, é assim que eles surgem. Dentro da internet, não existe os limites geográficos ou os limites de exposição. Através do que já gostamos, chegamos a diversos outros lugares que não conhecíamos e gostos que nem podíamos imaginar. É assim que se caracteriza a cauda longa (que não tem a nada a ver com o Godzilla), é essa vasta gama de possibilidades, nichos e lugares aonde se pode chegar.

Como o texto fala, “a realidade concreta impõe muitas limitações”. O que isso quer dizer? Uma loja física por exemplo, gasta para manter certos produtos em seu estoque, ela não pode manter o produtor se ele não gerar lucro. Além disso, a área que ela atinge pode ser muito pequena dependendo do que ela vende, mas dificilmente vai ser além de uma única cidade, esses são os limites geográficos que eu já citei. São mais pontos positivos para as lojas online, que não tem que lidar com esses problemas, o alcance é maior e ela possui uma vasta gama de produtos que pode expor sem ocupar muito espaço.

Não é um fenômeno restrito apenas às lojas, é algo que já pode ser visualizado nas mais diversas situações, como o Netflix (que supera as locadoras) e redes sócias como o Last.fm que vai além de uma loja de discos. Com tantas possibilidades, estamos descobrindo que podemos gostar de mais do que nos impõem. A dinâmica muda, não gostamos mais daquilo que nos ordenam, é como ter a escolha e chamada “moda” já não dita o que vai fazer parte dos nossos gostos. Essas inúmeras possibilidades que se abrem como um leque a um clique de distância constituem o que chamamos de cauda longa, longas possibilidades.

Se por um lado, ainda temos que lidar com a exclusão digital, também podemos observar uma crescente democracia online, percebida por todos os exemplos citados acima, a maior variedade de escolha, a exclusão dos limites, a evolução que nasce a partir de tudo isso. É difícil imaginar ter medo de algo assim, é claro que como quase tudo na internet depende muito do tipo de uso que fazemos, mas o Lucas vai ter que me perdoar porque isso não é um Godzilla, é um megazord pronto para ajudar todo mundo. Só que com cauda, talvez destruindo uma coisa ou outra pelo caminho, só talvez.


Imagem: my-shiny-toy-robots.blogspot.com.br/


Por Maggie Paiva

Um godzilla chamado colaboração

Você deve está se perguntando, aonde entra o lagarto alterado por radiação? Nem eu sei, mas podemos descobrir juntos.

Pois bem, estamos aqui para comentar mais um texto da disciplina de Cibercultura do considerado Jornalismo / UFC.

Dessa vez fomos postos diante do conceito de Cauda Longa, um texto que li 1 vez e já considero "pacas". O godzilla entra aqui? Seguindo.

Não estão falando de minha cauda longa.
Fonte: behindtheauto.com
O autor (...) tece seus pensamentos, a partir de uma análise de marketing, produção e o poder da divulgação boca a boca (colaboração) online.

O tempo vai passando e a tendência do gosto de massa, no qual todos viam um mesmo canal, no mesmo horário (quase como o programa da Eliana nas manhãs do SBT) está ficando ultrapassado.

Um novo ambiente de descobertas e campos para exploração está se demonstrando para os consumidores.

E isso torna-os donos de seu conteúdo, um conteúdo cada vez mais particular no qual os nichos ganham total importância.

Se pegarmos como exemplo o Netflix (um caso citado no texto), podemos perceber que a particularização dos conteúdos e as indicações para gosto vem a partir do próprio usuário; seus gostos e escolhas.

E essa cauda? É de comer?

Uma cauda longa análoga.
Fiquemos tranquilos, jovens gafanhotos. Inferimos do texto, o conceito de cauda longa é o momento a partir do qual o consumidor consegue, diante de seu trabalho de procura, consegue encontrar no vasto ambiente da internet conteúdos de maneira ilimitada.

Vamos nos inserir como objeto. Há alguns dias procurava o livro "Herói de mil faces" de Joseph Campbell. Um livro publicado na década de 80 (com cheiro de poliéster) e com poucas reedições. Atualmente, conseguir encontrar o livro nas livrarias onlines e sites para compartilhamento de livros.

Essa característica não era assinalada há alguns anos atrás. Se "interdisciplinarizarmos" os conteúdos, podemos acrescentar como crucial o papel da memória na internet, onde, os limites de espaço e/ou tempo são dissolvidos. Nessa ruptura, acredito que, temos uma maior facilidade de acessar a cauda longa.

Compartilhando o mundo

Estudamos no texto anterior que uma das características de nossa sociedade da informação seria a exclusão digital.

Não podemos negar, no entanto, que está ocorrendo uma democratização das ferramentas de produção de conteúdo na internet.

Este blog é um exemplo disso. Consigo escrever, editar, cortar, copiar, transformar em um mundo particular, sem apelar para os antigos servidores pagos (lembram-se dos cds de instalação?).

Consumidores passam a ser produtores. Wikipedia e sites para produção de fan-fics podem ser aplicadas nesses conceitos, onde uma produção colaborativa centra o processo criativo e guia a produção de conteúdo.

E o bendito Gojira? Interessante perceber uma metáfora entre ele e a internet. De um simples lagarto a um monstro sem precedentes. De uma comunicação militar a internet 2.0. Não temos algo similar nessa caminhada? Ao menos a evolução e o alcance podemos metaforizar de uma maneira livre. Porém, espero que ela nunca tenhamos que colocar medo da forma igual, ou então, que Sarah Connor nos ajude.

Me ajudaram na empreitada:

ANDERSON, Chris (2007). A Cauda Longa. Lisboa: Actual Editora.

PALACIOS, Marcos. Ruptura, Continuidade e Potencialização no Jornalismo Online: o Lugar da Memória In: MACHADO, Elias & PALACIOS, Marcos (Orgs), Modelos do Jornalismo Digital, Salvador: Editora Calandra, 2003.

Por Lucas Bernardo

Ciberculturas, ciberespaço

O primeiro capítulo do livro de Pramod Nayad – An Introduction of New Media and Cybercultures – nos leva a crer que a cibercultura, o espaço (ciberespaço) que se criou no mundo virtual está interligado ao mundo real, de forma que se fazem diversas conexões e pontes entre eles, estabelecendo casos em que ambos estão conectados de tal forma que se torna difícil distinguir em qual espaço se deu tal acontecimentos, além de reconhecer que nossa vida no chamado espaço real depende muito do virtual.

O autor cita dois casos, um deles em que a âncora de um navio cortou cabos submarinos, deixando toda uma população sem internet e outro, onde uma mulher desistiu de casar com um homem após descobrir que ele tinha um caso na rede social “Second Life”. Casos como esses nos fazem questionar até onde vai a conexão entre esses dois universos paralelos, o real e o virtual, o quanto o virtual está influenciando na nossa vida e se existe de fato distinção entre eles. Existirá um limite?

O fato é que as chamadas ciberculturas possuem uma dimensão real, origens e portanto influência na realidade, o que acaba por orientar muitos campos da nossa vida, seja na vida pessoal, ou no trabalho. Tal como o que chamamos de realidade, as ciberculturas estão sujeitas aos governos, às mudanças na economia, ao gênero, diferenças pessoais e muitas outras questões, visto que elas surgem como uma extensão da nossa própria vida.

Chega ao ponto em que não precisamos mais sair de casa para fazer compras, parece algo banal hoje em dia, mas já foi algo tão extraordinário que poderia ser impensável. O avanço da tecnologia e a criação de culturas e espaços no mundo virtual como extensão do real influenciam no comércio, no modo de se comportar, na maneira como nos relacionamos com os outros. Sendo assim, não deveria ser surpreendente que influencie também no jornalismo, que se transforma em só mais um de seus campos de influência, sofrendo alterações causadas pelo avanço da tecnologia e das mídias tanto quanto qualquer outro.

Por fim, o texto apresenta uma introdução ao que são essas ciberculturas e o que tem vindo com elas no pacote, além das características, nem todas positivas, como não poderia deixar de ser, mas com uma vasta gama de possibilidades abertas ao uso de algo sobre o que ainda estamos aprendendo.


Referências Bibliográficas

Nayar, Pramod K. (2010) An Introduction to New Media and Cybercultures. John Wiley and Sons.

Imagem: fcom.us.es

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Cibercultura ou ciberculturas?

O texto de Pramod K. Nayar "An introduction to new media and cybercultures" busca nos apresentar o vasto mundo das ciberculturas. O mesmo nome, muitos lugares para se aplicar.

Para o autor não há apenas cibercultura, mas sim, várias, nas quais utilizamos diariamente em nossas vidas,
desde o Smartphone ao mais complexo sistema de computador.

E o jornalismo?
Fonte: stumbleupon.com

Tratando de jornalismo, estamos vivendo uma sociedade da informação. Nela, nossa profissão passa a ser alterada bruscamente com o advento das novas mídias.
Nayar desmontra que essa tecnologia é a causa e efeito de nossa cultura, ou seja, podemos encontrar objetos nos quais o suporte anterior foi alterado pelo advento da tecnologia, como os leitores de livro digitais.

O autor então demonstra as principais característica que julga ser pertinente nesse novo modelo de sociedade, uma sociedade pós-moderna. São eles:

exclusão digital;
utilização dos meios eletrônicos para governar;
identidade maleáveis, na medida em que utilizamos avatares na rede e nos identificamos de maneiras distintas em cada ambiente que visitamos;
questões de gênero;
espaço e geografia.

Por fim, o texto é bastante interessante naquilo que se propõe, apresentar uma primeira imagem
das ciberculturas e seus diversos conceitos e aplicações.

Sem dúvida os próximos passos nos trarão mais conhecimento e complementos a esse estudo.

Referências Bibliográficas

Nayar, Pramod K. (2010) An Introduction to New Media and Cybercultures. John Wiley and Sons.

Acesso ao texto

Por Lucas Bernardo